O sistema de registo da Tia Eliza |
1 de dez. de 2011
30 de nov. de 2011
9 de nov. de 2011
Reencontro
2 de jun. de 2011
1 de jun. de 2011
Ainda a propósito do Dia da Criança
Dia da Criança
18 de mai. de 2011
Crónica de outros quotidianos
6 de abr. de 2011
A nuvem cor-de-rosa
A menina Licas
Depois dum breve interregno...
19 de jan. de 2011
Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
Um link que faltava no nosso blogue: Ciberdúvidas da Língua Portuguesa.
Fonte: http://www.ciberduvidas.com/index.php |
Aqui poderá não só obter respostas para questões de língua portuguesa, mas também ler alguns textos antológicos seleccionados, ver teses de linguística, notícias e actualidades, a montra de livros, etc.
11 de jan. de 2011
Dilma Rousseff, Presidenta ou Presidente do Brasil?
No seu discurso de posse perante o Congresso (minuto 1:50), como no convite para a recepção Dilma Rousseff usa o termo "presidenta" Presidenta ou presidente? As opiniões começam a divergir. Veja-se o texto do Portal da Lusofonia Mas não deixem também de ler esta explicação bem humorada que anda a circular nos blogs, nos e-mails e no Facebook e cuja origem desconheço. Notei, assim como aqueles mais atentos também devem tê-lo feito, que a candidata Dilma Roussef e seus sequazes, pretendiam que ela viesse a ser a primeira presidenta do Brasil, tal como atestava toda a propaganda política veiculada pelo PT na mídia. Presidenta??? |
Mas, afinal, que palavra é essa totalmente inexistente em nossa língua?
Bem, vejamos:
No português existem os particípios ativos como derivativos verbais. Por exemplo: o particípio ativo do verbo atacar é atacante, de pedir é pedinte, o de cantar é cantante, o de existir é existente, o de mendicar é mendicante...
Qual é o particípio ativo do verbo ser? O particípio ativo do verbo ser é ente. Aquele que é: o ente. Aquele que tem entidade.
Assim, quando queremos designar alguém com capacidade para exercer a ação que expressa um verbo, há que se adicionar à raiz verbal os sufixos ante, ente ou inte. Portanto, à pessoa que preside é PRESIDENTE, e não "presidenta", independentemente do sexo que tenha. Se diz capela ardente, e não capela "ardenta"; se diz estudante, e não "estudanta"; se diz adolescente, e não "adolescenta"; se diz paciente, e não "pacienta".
Um bom exemplo seria:
"A candidata a presidenta se comporta como uma adolescentapouco pacienta que imagina ter virado eleganta para tentar ser nomeada representanta. Esperamos vê-la algum dia sorridenta numa capela ardenta, pois esta dirigenta política, dentre tantas outras suas atitudes barbarizentas, não tem o direito de violentar o pobre português, só para ficar contenta. "
5 de jan. de 2011
Inventores de palavras
A. Lobo Antunes, por exemplo, em Sôbolos Rios Que Vão fala-nos de pombos "desbussolados"; ou então refere o herói tapando o bocal do telefone desorbitado de fúria.
O desafio aqui continua: partilhe connosco as escrevências desinventosas que encontre por aí em autores de língua portuguesa e também as palavras que cria na comunicação com os outros e que de tão óbvias facilmente se tornariam código comum.
E, para documentar a recriação /uso inovador das palavras, nada melhor que terminar este post com um belíssimo poema de Natália Correia.
ADVENTO
À meia-noite um assobio
de cristal o anunciava.
Lourinho de ovos em fio
o seu cabelo soltava
na mesa para que nas bocas
recém-nascidamente fosse
a Eternidade resolvida
em metáfora de doce.
Bilingue de céu e terra
num favo de luz impresso
era tão fácil de ler
que nele aprendi os versos.
Espirito amorado em flor
sem punhado de palhinhas
orvalhava era o licor
santo da sua mijinha.
Natal agora na alma
é infância a rapar frio.
Enjeita-a o destino. Ai,
que se partiu o menino
O lado B do Natal
Sem mais demoras, aqui está!
O lado B do Natal
Ao passar numa rua da cidade, deparei com uma enorme caixa de cartão a um canto. Pensei: - Como as pessoas são desmazeladas! Agora, com as ilhas ecológicas, já não se justifica os catões na rua.
Porém, eu estava enganada! Essa caixa era uma “habitação” dum sem-abrigo. De dentro, como se fora uma janela, surge um rosto barbudo, olhando tristemente o brilho das luzes de Natal. Que pensaria aquele homem, envolto numa manta velha para se abrigar do frio da noite, ao olhar esse falso brilho que as luzes de Natal nos transmitem? Decerto os seus pensamentos eram tão tristes como o seu olhar!
Para além do colorido e do brilho, existe um mundo que é obscuro em que só alguns vivem. Que diferença! Infelizmente o tempo passará e haverá sempre diferenças no Mundo. Mas, porquê tantas?
Natércia (Dez, 2010)
Fonte da imagem: http://pt-pt.hi5.com/friend/p441700202--friend--html