30 de nov. de 2011

Este início de Novembro tem vindo cinzento e chuvoso, como se espera do outono que a nossa memória (nem sempre muito fiel e objetiva, confessemos!) guarda 
Regressado das termas, o colega Rogério propôs-nos a sua reflexão sobre o outono, tempo de meditação, regresso, reencontro e de se lançarem as sementes para que a primavera possa florescer em todo o seu esplendor.

Outono 
 Estação do ano que nos faz procurar os agasalhos para usar na época das chuvas.
Tempo de reflexão e, porque nã; sentir saudades do verão.
As ruas e avenidas atapetam-se de folhas das árvores, algumas de cor verde escuro, com laivos de vermelho, as chuvas aparecem para aumentar o caudal dos ribeiros, e, por consequência, dos rios que irão desaguar no mar imenso.
As terras recompõem-se das securas do verão e ensopam-se das chuvas que agora caem, as sementeiras estão no começo para que possamos dispor de alimentos provenientes de leguminosas que iremos recolher em tempo útil.
Assim ainda se vindima e colhem-se as castanhas.
É tempo de aprender mais e voltar a reencontrar com a nossa querida professora Anabela.
Rogério (Novembro, 2011)


Obs. Obrigada pelo seu último parágrafo, tão gentil e amigo. O prazer do reencontro é recíproco. Nem sabe como é saboroso e estimulante voltar ao vosso contacto!

A sessão de 2 de Novembro foi animada por vivo debate a partir dum texto elaborado pela colega Hermínia. 

No final, para serenar, foi proposto um exercício criativo que contivesse a palavra Europa, de preferência sob a forma de acróstico. 

A resposta ao desafio não se fez esperar e na sessão seguinte a colega Natércia presenteou-nos com o seu olhar crítico neste poema: 

EUROPA 

Eu desiludida estou aqui 
União não consegue convencer 
Reina a alemã e Sarkozy 
O resto da Europa a sofrer 
Para nós veio a troika dar lição 
Afinal para que nos serve o Durão? 
Natércia (Novembro, 2011)

9 de nov. de 2011

Reencontro

É bom o reencontro!

Trazemos no rosto e nas conversas a saudade, a distância, a urgência do toque, do olhar ansiosos por refazer pontes e derrotar a ausência e a solidão.

Este blog tem estado adormecido há tanto tempo que nada melhor para recomeçá-lo que o poema da colega Natércia.


Saudade

A saudade que eu já tinha
Da minha alegre “escolinha”
E dos amigos rever
As horas eram compridas
E as tardes aborrecidas
Sem saber o que fazer

Agora voltei às aulas
Voltei a ouvir as falas
E a sentir a gratidão
O saber enriquecido
Obrigada, direcção

Sei que a saudade não mata
Porém eu já estava farta
De tantas férias a fio
Retomei, fiquei contente
Já abracei tanta gente
Neste convívio sadio.

Voltei a ver professores
Eles que são uns amores
Razão da nossa existência
É bom voltar à “escolinha”
Arejar a cabecinha
Pôr à prova a resistência.

Esta saudade é alegre
Só causa desassossego
Sem grande profundidade
Mas tudo tem seu valor
Embora não cause dor
Não deixa de ser Saudade.
Natércia (Outubro, 2011)